Querido John,

És minha energia libertadora de mim mesma, meu absurdo, a essência que não me guia e que cega, como uma doença que não mata, mas que me obriga a carregá-la por aí. Afasta as outras pessoas, e faz com que eu esqueça quem, afinal, eu era antes de contraí-la, porque agora a impressão que dá é que nada sou sem ela, pois mesmo quem sente dor na ponta do cabelo sabe que tudo sente essa perda de função.
Eu sinto.
E não conheço nada, a não ser a dor. Não dor de ponta do cabelo, mas dor de não saber o que estou fazendo aqui, e o medo do inferno de partir e não descobrir.
Sempre fui incompetente, tenho quase certeza de que isso vai acontecer.
Eu só espero abandoná-lo junto ao meu corpo inexpressivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ei, anjo: obrigada <3